Olá amigos !
Como todos sabem estão acontecendo por todo o país manifestações populares contra a corrupção e reivindicando melhora no investimento do dinheiro público, e certamente não deixaria de falar sobre isto, só não o fiz até agora por falta de tempo devido aos protestos mesmo. Ontem gravei um video mas não consegui upar ainda pra colocar aqui, então por enquanto vamos relembrar um pouco da história dos protestos no Brasil e buscar um pouco de inspiração para nossa luta atual.
Vintém era a palavra que denominava a quantidade de 20 réis, e, lutando contra o pagamento de um vintém pelo uso dos bondes no Rio de Janeiro, a população saiu às ruas várias vezes, entre 1878 e 1879. Já àquela época esse tipo de atitude causava conflito entre manifestantes e as forças armadas. Foram muitos os casos de mortos e feridos durante os protestos na então capital do Brasil. Estima-se que 5 mil pessoas tenham saído às ruas, o que fez com que o reajuste da tarifa fosse cancelado.
Um Brasil sem condições sanitárias adequadas fazia do começo do século 20 um cenário determinista, propício a doenças diversas — o que foi muito bem descrito no livro “O Cortiço”, de Aluísio Azevedo, ainda que a obra seja do final do século 19.
O sanitarista e chefe da Diretoria da Saúde Pública, Oswaldo Cruz, garantiu ao então presidente da República Rodrigues Alves que acabaria com os surtos de febre amarela no período de três anos.
A obrigatoriedade da vacinação, medida desconhecida àquela época, e a violência que o governo usou para obrigar a população a se vacinar, invadindo casas e fazendo abordagens violentas, levou 3 mil pessoas às ruas entre os dias 10 e 18 de novembro de 1904. Ao total, 30 manifestantes morreram, 110 ficaram feridos, 1 mil foram presos e centenas deportados.
Apesar da confusão, a lei da meia-passagem foi sancionada no dia 1º de outubro daquele ano, garantindo a redução da tarifa para os estudantes.
Uma das manifestações mais conhecidas ocorreu com a intenção de recuperar o direito de voto direto, abolido durante o Golpe Militar em 1964. A primeira manifestação foi pequena e não teve muita repercussão, no município pernambucano Abreu de Lima, em 1983. Mas os ideais não morreram e fizeram com que o ano seguinte fosse marcado por uma série de grandes manifestações, sendo que a primeira, na capital mineira Belo Horizonte, levou mais de 400 mil pessoas às ruas no dia 24 de fevereiro.
O dia 10 de abril foi marcado no Rio de Janeiro por reunir mais de 1 milhão de pessoas que protestavam a favor do voto direto. No dia 16, foi a vez de São Paulo, que reuniu 1,5 milhão de pessoas. Várias outras cidades brasileiras participaram das passeatas, em dias diferentes, todas contando com muitos manifestantes.
A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) nº 5, que previa o retorno das eleições diretas, foi votada no dia 25 de abril de 1984 e, mesmo recebendo 298 votos a favor contra 65 votos desfavoráveis e 3 abstenções, foi invalidada, já que 112 deputados aliados ao regime militar não compareceram.
O então presidente João Figueiredo censurou ainda mais a cobertura da imprensa nacional e houve forte repreensão policial. Apesar disso, o movimento teve grande importância história à luta pela democracia em nosso país e ao fim da repreensão política e da censura imposta pela ditadura militar. A população brasileira voltou a participar de eleições diretas em 1989, após a implementação de uma nova Constituição Federal, no ano anterior.
Primeiro presidente eleito depois do final da ditadura militar, Fernando Collor de Melo dizia, em suas campanhas, que acabaria com o poder dos marajás e com a corrupção. Porém, dois momentos geraram grande revolta nacional durante o seu governo: o confisco do dinheiro público e o grande esquema de corrupção em parceria com o tesoureiro da campanha presidencial Paulo César Farias. Esse esquema foi denunciado e provado pelo irmão do então presidente, Pedro Collor.
A população saiu às ruas para pedir o afastamento de Collor, no dia 25 de agosto de 1992. Estamos falando agora dos manifestantes que ficaram conhecidos como os “caras pintadas”, que foram 400 mil em São Paulo, 100 mil em Recife, 80 mil em Salvador. Já em setembro, no dia 18, 750 mil pessoas foram para as ruas na grande São Paulo. A renúncia tão esperada ocorreu no dia 29 de dezembro do mesmo ano. Atualmente, Collor é senador de Alagoas.
Esse protesto era contra o governo de Fernando Henrique Cardoso. Os manifestantes pediam que o Governo Federal fosse investigado por meio da abertura de Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs). Estima-se que 100 mil pessoas tenham participado da revolta popular contra a corrupção do governo e o arquivamento indiscriminado de inquéritos, em 1999.
Tudo começou com o abusivo aumento da tarifa do transporte público na capital de Santa Catarina, Florianópolis, quando em junho de 2004 foi aprovado o aumento de 15,6% do valor da tarifa. A população, que já estava descontente com a qualidade do serviço, saiu de casa para protestar o aumento abusivo e fechou, inclusive, a ponte que liga a ilha à região continental da cidade, como forma de protesto. No ano seguinte, um novo reajuste provocou a revolta da população que, dessa vez, foi repreendida pela polícia.
A Revolta do Vintém
Fonte da imagem: Reprodução/UOLVintém era a palavra que denominava a quantidade de 20 réis, e, lutando contra o pagamento de um vintém pelo uso dos bondes no Rio de Janeiro, a população saiu às ruas várias vezes, entre 1878 e 1879. Já àquela época esse tipo de atitude causava conflito entre manifestantes e as forças armadas. Foram muitos os casos de mortos e feridos durante os protestos na então capital do Brasil. Estima-se que 5 mil pessoas tenham saído às ruas, o que fez com que o reajuste da tarifa fosse cancelado.
A Revolta da Vacina
Fonte da imagem: Reprodução/WebNodeUm Brasil sem condições sanitárias adequadas fazia do começo do século 20 um cenário determinista, propício a doenças diversas — o que foi muito bem descrito no livro “O Cortiço”, de Aluísio Azevedo, ainda que a obra seja do final do século 19.
O sanitarista e chefe da Diretoria da Saúde Pública, Oswaldo Cruz, garantiu ao então presidente da República Rodrigues Alves que acabaria com os surtos de febre amarela no período de três anos.
A obrigatoriedade da vacinação, medida desconhecida àquela época, e a violência que o governo usou para obrigar a população a se vacinar, invadindo casas e fazendo abordagens violentas, levou 3 mil pessoas às ruas entre os dias 10 e 18 de novembro de 1904. Ao total, 30 manifestantes morreram, 110 ficaram feridos, 1 mil foram presos e centenas deportados.
Greve da meia-passagem
Definitivamente não é de hoje que a população se revolta. Após presenciar três reajustes no valor da passagem no período de um ano em 1979, mais de 15 mil maranhenses foram às ruas em São Luís no dia 17 de setembro, protestar contra os aumentos abusivos. Em contrapartida, os estudantes, que foram chamados de marginais, depararam-se com forte repressão policial, com um saldo de 50 pessoas feridas e mais de 1.300 detidas.Apesar da confusão, a lei da meia-passagem foi sancionada no dia 1º de outubro daquele ano, garantindo a redução da tarifa para os estudantes.
Diretas já
Fonte da imagem: Reprodução/24HorasNewsUma das manifestações mais conhecidas ocorreu com a intenção de recuperar o direito de voto direto, abolido durante o Golpe Militar em 1964. A primeira manifestação foi pequena e não teve muita repercussão, no município pernambucano Abreu de Lima, em 1983. Mas os ideais não morreram e fizeram com que o ano seguinte fosse marcado por uma série de grandes manifestações, sendo que a primeira, na capital mineira Belo Horizonte, levou mais de 400 mil pessoas às ruas no dia 24 de fevereiro.
O dia 10 de abril foi marcado no Rio de Janeiro por reunir mais de 1 milhão de pessoas que protestavam a favor do voto direto. No dia 16, foi a vez de São Paulo, que reuniu 1,5 milhão de pessoas. Várias outras cidades brasileiras participaram das passeatas, em dias diferentes, todas contando com muitos manifestantes.
A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) nº 5, que previa o retorno das eleições diretas, foi votada no dia 25 de abril de 1984 e, mesmo recebendo 298 votos a favor contra 65 votos desfavoráveis e 3 abstenções, foi invalidada, já que 112 deputados aliados ao regime militar não compareceram.
O então presidente João Figueiredo censurou ainda mais a cobertura da imprensa nacional e houve forte repreensão policial. Apesar disso, o movimento teve grande importância história à luta pela democracia em nosso país e ao fim da repreensão política e da censura imposta pela ditadura militar. A população brasileira voltou a participar de eleições diretas em 1989, após a implementação de uma nova Constituição Federal, no ano anterior.
Impeachment de Collor
Fonte da imagem: Reprodução/R7Primeiro presidente eleito depois do final da ditadura militar, Fernando Collor de Melo dizia, em suas campanhas, que acabaria com o poder dos marajás e com a corrupção. Porém, dois momentos geraram grande revolta nacional durante o seu governo: o confisco do dinheiro público e o grande esquema de corrupção em parceria com o tesoureiro da campanha presidencial Paulo César Farias. Esse esquema foi denunciado e provado pelo irmão do então presidente, Pedro Collor.
A população saiu às ruas para pedir o afastamento de Collor, no dia 25 de agosto de 1992. Estamos falando agora dos manifestantes que ficaram conhecidos como os “caras pintadas”, que foram 400 mil em São Paulo, 100 mil em Recife, 80 mil em Salvador. Já em setembro, no dia 18, 750 mil pessoas foram para as ruas na grande São Paulo. A renúncia tão esperada ocorreu no dia 29 de dezembro do mesmo ano. Atualmente, Collor é senador de Alagoas.
Marcha dos 100 mil
Fonte da imagem: Reprodução/QuimicosUnificadosEsse protesto era contra o governo de Fernando Henrique Cardoso. Os manifestantes pediam que o Governo Federal fosse investigado por meio da abertura de Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs). Estima-se que 100 mil pessoas tenham participado da revolta popular contra a corrupção do governo e o arquivamento indiscriminado de inquéritos, em 1999.
Revolta da Catraca
Fonte da imagem: Reprodução/SuperInteressanteTudo começou com o abusivo aumento da tarifa do transporte público na capital de Santa Catarina, Florianópolis, quando em junho de 2004 foi aprovado o aumento de 15,6% do valor da tarifa. A população, que já estava descontente com a qualidade do serviço, saiu de casa para protestar o aumento abusivo e fechou, inclusive, a ponte que liga a ilha à região continental da cidade, como forma de protesto. No ano seguinte, um novo reajuste provocou a revolta da população que, dessa vez, foi repreendida pela polícia.
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