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segunda-feira, 28 de maio de 2012

Dilma do Casseta !

  Olá amigos !
  Desculpem se não estou podendo me dedicar o tempo que gostaria e que vocês merecem ao nosso querido blog, estes últimos meses os estudos e principalmente o trabalho estão consumindo grande parte de meu tempo, para quem não sabe, trabalho em uma instituição de Ação Social, o IPCC (Instituto Pró Cidadania de Curitiba) e nestes meses pré-inverno ocorre a "Campanha Doe Calor", pois como se sabe Curitiba não é uma cidade muito quente, e nesta época  se faz necessário maiores esforços para proteger do frio a população em risco e vulnerabilidade social.
  Então espero que me compreendam e continue nos acompanhando...
2361.jpg
( Este de laranja aí sou eu (meio óbvio né) foto de Zac ) 
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  Sendo assim vamos começando o post de hoje...
  Raras vezes consigo chegar em casa com energia para fazer alguma coisa além de subir e me deitar, mas foi numa destas poucas oportunidades que me sentei no sofá para jantar e assistir, por incrível que pareça a globo. O programa que estava passando era o "casseta e planeta" então não esperava algo muito excitante, lembrando da última vez que assisti o programa um bom tempo atrás, porém para minha surpresa o programa estava (não sei se só naquele dia) com bons assuntos, quase todo politico, não sei por qual motivo a globo resolveu adotar este novo padrão de humor mais sério, especulo que tenha sido para correr atrás do prejuízo e das quedas de audiência que teve durante os seus programas de humor, principalmente se comparado a um de outra emissora o qual eu não julgo conveniente citar.
   Uma das partes que mais gostei foi o da nova (ou novo) personagem representando a presidente Dilma, então em nome da economia de caracteres vou colocar o vídeo youtubístico do que estou falando,
   Boas risadas a todos, e aguardo comentários.


  Pois é Globo muito bom, mais ainda falta a Zorra Total não acha !

sábado, 26 de maio de 2012

Série séria












A ENTREVISTA DE LULA PARA A TV PORTUGUESA

Do blog “Os amigos do Presidente Lula”

“A União Europeia "é patrimônio da humanidade", diz Lula num programa que a RTP (Rádio e Televisão de Portugal) transmitirá em julho. O jornal “PÚBLICO” acompanhou a entrevista a Graça Castanheira, a primeira desde que terminou o tratamento contra o câncer.

Sol em São Paulo: assim até parece mais fácil Lula aparecer daqui a pouco. Nada de Avenida Paulista, arranha-céus, escritório chique. É uma casa mais periférica, persiana de alumínio, azulejo florido. Ao deixar Brasília, o ex-Presidente anunciou que queria dedicar-se aos problemas de África e América Latina e esse é o foco deste Instituto Lula.

Há algo de errado em chamar a Lula ex-Presidente. Talvez porque toda a gente lhe chama "o Lula", e manda beijos como se fosse da família. A repórter acaba de aterrar em São Paulo e toda a gente que soube ao que vinha disse: "Dá um beijo no Lula."

Carinho não se deve, há ou não há. No caso de Lula, tornou-se quase uma aflição nacional quando os médicos lhe diagnosticaram um tumor na garganta. À operação, seguiram-se três sessões de quimioterapia e 33 sessões de radioterapia. De um dia para o outro, foi-se aquele Pai Natal hirsuto: barriga, cabelo, barba. Só sobrou um bigode. E quando uns fios de cabelo renasceram, a perna esquerda ressentiu-se e Lula apareceu com bengala.

Entretanto, em Portugal, a documentarista Graça Castanheira ia esperando. Lula seria o último de 11 protagonistas na série “O Tempo e o Modo”, que está para ser emitida pela RTP, e inclui nomes como Eduardo Galeano, Laurie Anderson, Lucrecia Martel ou Gonçalo M. Tavares. Para formular o convite, a autora do projeto construiu, de propósito, um site com uma carta pessoal. A entrevista foi acordada entre agosto e outubro de 2011. Lula adoeceu, passaram sete meses. Só no último fim-de-semana, Graça recebeu luz verde para dia e hora. Voou para São Paulo e aqui está, a acertar a câmara com uma pequena equipe brasileira. Usando panos negros e painéis, improvisou o cenário no anexo da casa, ao lado da piscina: uma mesa, uma cadeira, um papel de parede azul com flores brancas. A entrevista vai para o ar daqui a dois meses, está marcada para as 14h30 e o PÚBLICO veio para a acompanhar.

Celso Marcondes, do Instituto Lula, amigo do ex-Presidente há 30 anos, faz as vezes de anfitrião. O ex-Presidente continua a morar em São Bernardo do Campo, cintura industrial paulista, onde foi operário. Ontem, apareceu em São Paulo, numa homenagem pública. Às 14h30 ninguém sabe a que horas chegará. E "pode não ser hoje", acautela Graça, após mais um telefonema.

"O FMI NÃO VALE NADA" (para crise nos EUA)

Será hoje. Lula surge às 16h45, cabelo ainda ralo, mas já com nove quilos dos 18 que perdeu, já sem bengala. E a sorrir, mirando o pátio: "Podia fazer-se aqui uma cobertura, com umas cadeiras, para tomar um uisquinho..." Traz dois velhos camaradas além do jovem assessor, cumprimenta os presentes, toda a gente se aperta no estúdio, as câmaras acendem-se.

Sentada à sua frente, Graça pergunta-lhe porque não pára. "Faz parte da minha genética, sempre fui habituado a trabalhar", responde, imediato. "A ociosidade é uma desgraça para o ser humano. Não consigo descansar três dias seguidos." Quanto mais 30 dias de férias. "Vou morrer fazendo trabalho com muita intensidade." Por exemplo, agora, aqui, no instituto. "Tenho um compromisso moral com o continente africano. Não é possível que o século XXI não seja o século do continente africano e da América Latina." Dispara a falar da crise europeia, de como "os bancos estão quebrando" e tudo isso o leva a não parar.

"Quando deixei a presidência, viajei para 36 países em oito meses." Um erro para a saúde, diz, mas mais forte do que ele. "Fico preocupado com a ausência de liderança hoje no mundo. Essa crise vem de há anos e as pessoas aceitaram-na como se fossem culpadas. Pobre do povo grego. Pagando para quem? Para os bancos franceses, para os bancos alemães. Eu gosto de fazer política. Temos de trabalhar para interferir na política mundial."

Graça pergunta-lhe pela China. "Vai ter de tomar uma decisão nos próximos meses ou anos: incrementar o consumo interno e gerar uma classe média maior", responde Lula. "A China tem papel importante, só não pode é viver uma crise. Tal como os Estados Unidos têm papel importante, só não podem é achar que fazem com o dólar o que querem. O mundo fica à disposição do tesouro americano. Não é justo que a gente dependa do dólar." A mesma crítica que Dilma levou a Obama.

E Lula logo volta à crise europeia: "A Europa não pode destruir a União Europeia. É patrimônio da humanidade. Os países europeus ficaram muito na dependência da Alemanha. Mas se a Alemanha teve grande importância na unificação da Europa, também foi a grande ganhadora [desse mercado] porque 70% das suas exportações são para a Europa." A crise da Grécia, ressalva, "poderia ter sido resolvida há um ano" com poucos bilhões. "É preciso manter a responsabilidade da União Europeia. Conheci Portugal nos anos 80, a Espanha nos anos 80, e vi a evolução extraordinária. Foi dinheiro transformado em patrimônio de um povo. Não pode acabar de um momento para o outro."

Na política mundial, remata, existe hoje um problema: "Obama pensa nos americanos, Merkel nos alemães, cada um no seu mandato. O mundo não está pensado de forma globalizada." Exemplo: "O FMI é muito bom quando a crise é na Bolívia, mas quando a crise é nos Estados Unidos, o FMI não vale nada."

99 PAÍSES

Foco agora no balanço da sua presidência. "Até ao último dia da minha vida tenho de agradecer a Deus o que me deu. Vivemos oito anos de grande intensidade." Incluindo "uma política internacional como o Brasil jamais tinha feito", sublinha. "Visitei 99 países, fazendo com que o Brasil ganhasse respeitabilidade como a sexta economia do mundo. Fizemos coisas extraordinárias." Mais de 20 milhões saíram da miséria e 40 milhões passaram à classe média, diz. Que falta? "A Presidenta Dilma tem condições para fazer muito mais e melhor."

Ser mulher faz mesmo diferença?, quer saber Graça. Lula acha que sim. Porque "governar o país é agir como se fosse uma mãe, e a mãe é o ser mais justo", trata todos os filhos de forma igual. Além de que a mulher "tem muito mais sensibilidade política", "uma leveza na compreensão das coisas", "consegue enxergar coisas que homem não consegue". Com "uma esquerda fragilizada no mundo", o mundo ganha em ter mais mulheres na política.

A propósito, diz, hoje "não existe pensamento de esquerda como no passado", quando "bastava ler o Manifesto Comunista", de Karl Marx. "Houve muitos erros. A esquerda foi pressionada durante muito tempo e foi cedendo espaço." De que se tratou na recente Primavera Árabe? "Reivindicação de democracia, de esperança, não de um debate ideológico", distingue Lula. O que existe hoje é "a possibilidade de construir um socialismo democrático de verdade, que respeite a liberdade." E Lula dá o PT como "exemplo a ser estudado", porque "o mundo político hoje não tem nada igual".

A entrevistadora pergunta-lhe pela questão climática, também divisória entre esquerda e direita. Já rouco, Lula bebe um pouco de água: "A questão climática tem de estar no centro do debate." O que significa perguntar, por exemplo. "Porque é que a Europa não compra etanol da África e continua a comprar petróleo?" Isto, quando "um bilhão de pessoas vai dormir sem ter o que comer".

Após viver "mais de dois terços da [sua] passagem pelo mundo", Lula sente-se "muito, muito otimista" em relação ao futuro. Mas "vamos chegar a um momento em que teremos de definir o limite das coisas necessárias no planeta".

CARINHO PELA BARBA

O sofrimento muda a percepção?, pergunta Graça Castanheira. "Sempre fui pessoa de muita sensibilidade à desgraça, só que a gente não espera que essas coisas aconteçam com a gente", diz Lula. "Em 66 anos, nunca fui no hospital a não ser para operar uma apendicite." Agora, "não existe mais tumor, mas os efeitos colaterais do tratamento são tão graves" quanto a doença. "Minha barba já tinha 30 e poucos anos, eu tinha um carinho muito grande por ela e não vai mais nascer do jeito que era. Todo o mundo se pergunta: "Por que eu?" "Mas sairei dessa experiência mais compreensivo, mais disposto a dar do que receber. Já faz sete meses que estou me cuidando e isso mexeu comigo." Descobriu o tumor quando foi ao hospital acompanhar a mulher em exames. Ela não tinha nada, ele sim. O seu primeiro susto foi: "O que vou fazer na política aos 66 anos e sem voz? Porque era um tumor de três centímetros nas cordas vocais. E eu ia dar palestras [pelo mundo] com iPad. Mas o tratamento deu muito certo."

Parece sempre acreditar no bem, nota a entrevistadora. Não crê na maldade? "Acredito cegamente na bondade do ser humano. Sempre tem uma palavra, um gesto, capaz de convencer as pessoas a serem melhores." Como fez questão de dizer a Dilma, "cuidar do pobre é a coisa mais barata, não custa nada, dá 10 reais para ele e ele fica agradecido". Assim como governar, afinal, é fácil. "Quando você sabe para quem, de onde veio e para onde vai voltar, quando define as prioridades e os compromissos, governar é muito fácil. Saio gratificado elegendo uma mulher que tem tantos ou mais compromissos do que eu e pode dar oito anos mais ao Brasil."

Eis a indicação de que não será candidato na próxima eleição. E Dilma, diz, saberá fazer respeitar a sexta economia mundial. Aliás, se "hoje já não se vê o Brasil como uma republiqueta das bananas", qual foi "a de Obama de convocar o G8 e não convocar o Brasil?"

Os médicos restringem-lhe o tempo de conversa por dia e começa a notar-se porquê. A voz quase desapareceu. Aos 38 minutos de gravação, Graça encerra a entrevista.

Já off, Lula diz, recuperando o ânimo: "Quero ver se vou a Lisboa este ano, alugar um carro e conhecer todo o país. Prometi à minha mulher. Faço 38 anos de casado e ainda não cumpri."

E depois de se despedir, distribuindo abraços, o seu assessor José Crispiniano garante ao “PÚBLICO”: "Ele fala mesmo isso de Portugal. Sempre fala."

FONTE: postado no blog “Os amigos do Presidente Lula” (http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com.br/2012/05/entrevista-de-lula-para-tv-portuguesa.html#more) [Imagem do Google adicionada por este blog ‘democracia&política’].

segunda-feira, 21 de maio de 2012

LULA LANÇA PÁGINA NO FACEBOOK



  “O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou quinta-feira sua página oficial no Facebook, no endereço facebook.com/lula .
  Para Lula, o Facebook será uma opção para quem quiser acompanhar as suas atividades e as do Instituto Lula no Brasil e no exterior, inclusive as iniciativas para cooperação com a África e a América Latina.
  “Queremos reunir aqui todos os interessados em continuar compartilhando esperança e solidariedade na luta por um mundo mais justo”, afirmou o ex-presidente em vídeo de lançamento que pode ser visto na página.
  Lula começa com mais de 50 mil pessoas “curtindo” a página, migrados do perfil não oficial criado anteriormente por iniciativa de fãs do ex-presidente.

Vídeo de Lula e página em: facebook.com/lula:


  COMPLEMENTAÇÃO:
  EM POUCAS HORAS, PERFIL DO LULA NO FACEBOOK SUPERA O DE FHC

  Com menos de 24 horas de funcionamento, o perfil do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Facebook já foi “curtido” por cerca de 80 mil pessoas, número que cresce a cada minuto. Quando comparamos com o perfil do antecessor, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, esse número é mais que o dobro do acumulado por FHC, que já está há nove meses logado à rede social.
  Em vídeo divulgado na quinta-feira (17), Lula declarou que a página servirá para ampliar o debate em torno dos projetos desenvolvidos pelo Instituto Lula. “Queremos reunir aqui todos os interessados em continuar compartilhando esperança e solidariedade na luta por um mundo mais justo”, afirmou.
  Mas não foi somente na rede que Lula provou sua popularidade em relação ao tucano. Quando passou a faixa pra Dilma Rousseff, pesquisa do ibope apontou que Lula tinha 87% de aprovação, maior índice entre os presidentes do período democrático. Já FHC, ao final de 2002, tinha avaliação positiva de 26% dos entrevistados pelo Ibope.
 Além disso, outros reconhecimentos foram os títulos de doutor honoris causa a Lula, concedidos por universidades do mundo inteiro a pessoas cujo conhecimento é considerado digno de reconhecimento acadêmico."

sábado, 19 de maio de 2012

MicroChip - A Marca da besta ?


O país progride !

Por Mair Pena Neto

  “Apesar de todos os contratempos e de um cenário mundial adverso, que buscava fazer crer que só existia um modelo político possível, o Brasil conseguiu avançar nos últimos anos e parece disposto a seguir nessa toada. Embora com muitas limitações e quase sem rupturas, a questão social foi colocada no centro das questões políticas, o papel do Estado como indutor do desenvolvimento foi retomado e questões pendentes da história começam a ser enfrentadas.
  A leitura dos jornais nos últimos dias comprova essa caminhada. Em meio ao mar de lama da CPI do Cachoeira, que atinge sobretudo políticos da oposição, uma empreiteira corrupta e um notório veículo de comunicação, o país avança. O governo reforça os programas sociais com o recente anúncio de novas políticas, como a voltada para a primeira infância, que assegura amparo às famílias com crianças de 0 a 6 anos e fortalece a construção de creches. No campo econômico, prossegue a ênfase na redução dos juros, com enfrentamento dos bancos e sua cobiça por juros astronômicos. E o Estado avança na transparência, com o primeiro passo no funcionamento, ainda precário, é bom que se diga, da Lei de Acesso á Informação, que tende a inibir a corrupção nos órgãos públicos.
  O ato mais recente e simbólico das mudanças por que passa o país foi a instalação da Comissão da Verdade, que investigará os crimes da ditadura. Foram necessários 28 anos após o fim do regime de exceção para que o país tivesse condições de enfrentar seu passado insepulto e tentar curar de vez as cicatrizes ainda abertas dos horrores cometidos nos anos de chumbo.
  Precisamos passar por um governo de transição, ainda sem o voto direto; por uma experiência desastrosa abreviada pelo impeachment de Collor, pela recuperação promovida por Itamar Franco, pelo período neoliberal dos governos de Fernando Henrique Cardoso e pelas mudanças conduzidas por Lula para chegar ao que Dilma começa a fazer agora. Nessa trajetória, é significativa a passagem do comando do país de representantes das elites tradicionais para um operário e uma ex-guerrilheira.
  Forjada na luta contra a ditadura, vítima direta das barbaridades cometidas nos porões, Dilma age como estadista e volta a jogar luz num período macabro de nossa história, que muitos gostariam de manter sob o tapete. Faz todo o sentido que ocorra em seu governo a instalação da Comissão da Verdade, que, esperamos, possa funcionar a contento.
  O cenário não é cor de rosa. O tempo da comissão para esclarecer os crimes da ditadura é curto, e punições não estão previstas, como acontece na Argentina e no Chile. A Lei da Anistia ainda impede que criminosos bárbaros paguem pelo que cometeram, mas a história está em movimento, e muita coisa pode acontecer quando a crueza dos fatos vier à tona.
  Falta avançar em muitos aspectos. Numa maior participação política, na melhoria dos serviços sociais, no aprimoramento das instituições, na melhor distribuição das riquezas e mesmo no enfrentamento das forças contrárias à construção de um país mais digno e justo, capaz de proporcionar a todos os seus cidadãos o desfrute de suas capacidades. Mas é inegável que o país caminha.”

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Não esqueçam do SOPA e PIPA !!!



  De uma hora para outra, tornou-se um dos assuntos mais comentados do mundo. Justamente porque mexe, a princípio, com estruturas básicas do funcionamento da internet atual. Os projetos de lei SOPA (Stop Online Piracy Act) e PIPA (Protect IP Act), que estavam em discussão no Congresso dos EUA e foram arquivados, sugeriam uma série de restrições a usuários e empresas para basicamente combater um problema: a pirataria online. Mas por que a situação chegou a esse ponto?
  Muitos defendem que estes projetos de lei são exagerados. Embora não houvesse nenhuma evidência de que a sociedade americana e mundial estivesse sofrendo danos muito grandes devido ao sistema com o qual hoje se fazem downloads, tais leis, se colocadas em vigor, devem limitar em muito a possibilidade de baixar arquivos na rede mundial.
  Os defensores das leis alegam que o modo como a pirataria online acontece hoje fere economicamente os detentores de direitos autorais. Cada download não autorizado, segundo eles, representa uma venda a menos de sua propriedade intelectual. Isso nem sempre é verdade, já que geralmente o preço do produto original é abusivo devido a impostos, e o consumidor não o compraria de qualquer maneira.
  Matthew Yglesia, autor de um artigo para o New Scientist, vai ainda mais longe: ele explica que a pirataria primariamente ilegal é benéfica, porque obriga a indústria do entretenimento a encontrar opções legais e mais justas para a população.
  Ele dá o exemplo da rede de TV britânica BBC, que produz o programa Sherlock e não o disponibiliza a um preço razoável para clientes dos EUA. Logo, eles são forçados a baixar de maneira ilegal. Essa concorrência entre o download ilegal e a compra legal, segundo ele, forçou a indústria a criar opções como o iTunes e o Hulu: dentro da legalidade, mas sem desrespeitar os direitos do consumidor.
  Por fim, o colunista explica que não propõe que a pirataria online, ilegal, seja feita sem punições aos infratores. Mas ele acredita que o modo como a indústria do entretenimento atua, hoje em dia, não visa nem aos interesses nem aos dos consumidores, e sim aos seus próprios interesses. Esta lógica, segundo ele, precisa mudar para que haja justiça envolvendo toda essa questão. [New Scientist]

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Flamengo diz que pode recontratar Bruno depois de sair da prisão


  Olá amigos !
  Com certeza para alguns esta noticia é espantosa, porém para mim e uma minoria este já era um resultado esperado, ainda me lembro do dia em que estava assistindo o jornal nacional com a minha vó enquanto passava algum noticiário a respeito deste caso, então me virei para ela e disse "pode esperar, esse cara vai sair da cadeia e voltar a jogar no Flamengo" então a Dona Tereza com sua peculiar sutileza disse: "se isso acontecer a justiça no Brasil não vai mais estar valendo nada !".
  Bom se a justiça brasileira ainda vale alguma coisa não sou eu quem pode avaliar, mas que esta notícia é no mínimo frustrante ninguém pode negar. Acompanhe a matéria retirada do Blog do Val Cabral.      
  Após o advogado de Bruno afirmar que o goleiro pode ser solto em cerca de três semanas e aumentar a expectativa por um possível retorno aos gramados, o vice presidente jurídico do Flamengo, Rafael De Piro, abriu as portas para que o jogador reative seu contrato com o clube. O dirigente admitiu que o rubro-negro pode receber o atleta assim que ele deixar a prisão e aguarda as determinações judiciais sobre a liberdade para analisar melhor o caso. De Piro deixou bem claro que as coisas ainda são tratadas no terreno da hipótese, mas disse que o clube nunca pensou em rejeitar o goleiro. Segundo o vice jurídico, o Flamengo apenas evita se manifestar por entender que a possibilidade era remota e o caso pouco esclarecido. "Diante dessa possibilidade dele ser solto, vamos analisar com calma. E, se ele quiser, vamos recebê-lo. Jamais podemos fechar a porta nesse caso. Ele teve o contrato suspenso, mas podemos muito bem reativar", disse Rafael De Piro, explicando ainda quais são as restrições judiciais que precisam ser esclarecidas para que Bruno volte ao Flamengo. "Vamos sentar e ter toda boa vontade para ter o retorno, mas precisamos entender como será essa liberdade. Temos que saber se ele poderá se ausentar da comarca onde está sendo julgado [Minas Gerais] e se poderá dormir fora de casa durante esse período", esclareceu o vice jurídico do clube carioca. Questionado sobre as reais possibilidades da Justiça dar um parecer favorável a Bruno, o advogado do Flamengo se mostrou otimista. "É bem possível que tenhamos essa autorização. Por todo o apelo do caso, creio que a Justiça possa liberar ele dessas restrições de comarca. Além disso, não vejo muitos motivos para ele continuar preso. Vamos ver o que o STF vai decidir de maneira oficial nos próximos dias", opinou De Piro. AVAL DO FLAMENGO - A expectativa total do retorno agora fica por conta da Justiça, já que o advogado do goleiro, Rui Pimenta, disse que irá reapresentar o jogador no dia seguinte do habeas corpus que ele promete conseguir em até três semanas. Pimenta ainda defende a tese de que Bruno tem bons antecedentes e não apresenta risco de fugir. Como parte do processo para conseguir a liberdade de seu cliente, o advogado fez questão de entregar o passaporte do jogador ao Supremo Tribunal Federal. O CRIME - Bruno é acusado de participar do sequestro, assassinato e ocultação do cadáver de Eliza Samudio, sua ex-amante, com quem teve um filho. Desaparecida desde 2010, seu corpo até hoje não foi encontrado pela polícia. Das dez pessoas envolvidas, outras cinco também foram denunciadas pela Justiça de Minas Gerais, na Comarca de Contagem, por homicídio triplamente qualificado. A pena máxima em caso de condenação pode chegar a 30 anos de reclusão. Dos denunciados, apenas Bruno, o amigo Macarrão (Luis Henrique Romão) e o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, permanecem presos, desde 2010. Os demais aguardam o julgamento em liberdade.

Greve dos professores da UFPR

No dia 19 de Abril de 2012, cerca de 150 professores da UFPR compareceu ao Centro Politécnico em uma assembléia organizada pela Associação dos Professores da Universidade Federal do Paraná, onde foi tomada a decisão de que  greve começaria no dia 15 de maio, tendo 70% de adesão entre os professores. O motivo da greve seria a falta do cumprimento, pela parte do governo, das promessas feitas no fim da paralização do ano passado. Também estaria sendo discutido o limite de 12 horas em sala de aula para realização de outras atividades acadêmicas.
“O mínimo que o governo federal estabelece é de oito horas de trabalho e a média da universidade é de nove horas. O problema é que essa divisão é desigual, há professores com 9 horas de sala de aula e outros com 28 horas. O ideal é que, em uma carga horária de 40 horas, o professor tenha tempo para outras atividades como a orientação de alunos em monografias, em mestrado, doutorado, preparação de aulas, pesquisa, entre outros." , explica Rogério Miranda Gomes, secretário-geral da APUFPR.
No dia 25 de Abril, o ANDES-SN, governo e demais entidades do setor da educação se reuniram para dar continuidade aos acordos realizados em 2011, mas não obtiveram sucesso.
"O que se percebe é que o governo está cristalizado numa posição. Os argumentos se somam, convergem, mas a posição continua cristalizada na proposta anterior. Estamos avançando muito pouco, o debate é muito bom, mas na hora do fechamento, não se avança", disse Luiz Henrique Schuch, 1º vice-presidente do ANDES-SN.
Com a reunião, a greve foi "adiada" para o dia 17 de maio, já que não conseguiram chegar a conclusão alguma. Não há data prevista para o término da greve, e, até lá, os alunos ficarão com aulas desfaucadas em uma universidade que, para muitos, possui somente nome e pouco conteúdo.

Segue a carta enregue à população pelos professores durante uma das reivindicações em praça pública feita em Curitiba.

"Carta aberta à população de Curitiba

Servidores públicos federais vão às ruas para defender a melhoria da qualidade dos serviços prestados à população

A Constituição Federal garante a todos o direito a serviços gratuitos e de qualidade em áreas como educação, saúde, segurança, infraestrutura, previdência e em muitos outros serviços esseciais à população. Mas, como sabemos, a realidade está muito distante disso.
Vemos hoje a piora dos serviços públicos oferecidos, nao porque nós servidores públicos realizamos um trabalho ruim. Mas sim porque constantemente o serviço público tem sido sucateado pelo governo federal, em detrimento do investimento para ajudar grandes empresários deste país.
Somente em isenções fiscais, o Brasil já acumulou a quantia de R$ 105 bilhões concedidos exclusivamente para uma pequena parcela da população, que é justamente aquela que possui muito dinheiro.
Ao mesmo tempo, o governo federal anunciou em fevereiro de 2012 um corte no orçamento de R$ 55 bilhões. Valores cortados da saúde, da educação e de diversos serviços essenciais para a sociedade.
O governo não tem investido o suficiente para a melhoria dos serviços públicos. As contratações de servidores são insuficientes, e não chegam nem a repor o número dos que se aposentam. Com o tempo a qualidade dos serviços públicos tende a piorar ainda mais.
Atrás de melhores serviços, a população está sendo obrigada a buscar na iniciativa privada melhores condições de vida, tendo que pagar por aquilo que deveria ser gratuito. Isto está errado.
Defendemos o direito da população brasileira de ter acesso a serviços de qualidade, sem as longas e demoradas filas para atendimento.
Mas para isso o governo federal precisa investir no serviço público. A valorização do servidor público, com melhores salários e condições de trabalho, gera melhorias nos serviçoes prestados à população.
Essa falta de comprometimento e diálogo do governo federal está criando um grande movimento nacional, que pode causar uma greve no serviço público federal.
Nossa intenção é trabalhar em prol da população. Porém, entendemos que, infelizmente, a greve é a única saída quando não são colocados outros canais de negociação possíveis.
Por isso, chamamos a população brasileira a caminhar conosco nessa luta, para construir um país mais justo, sem que tenha que pagar para viver com dignidade."

Mais informações: http://www.apufpr.org.br/index.php

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Nova Editora do Blog

 

 Olá queridos leitores, meu nome é Larissa Baricheval, recebi essa semana o convite do administrador do blog Vinicius para ajudá-lo na edição, já que a vida cotidiana o impede de dedicar ao blog o tempo que ele gostaria.. Nasci em Almirante Tamandaré mas sou curitibana por adoção. Curso Licenciatura em "Física" na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PucPr) e sou mais uma inconformada com a nossa atual realidade. Espero conseguir trazer novos pontos de vista e novos assuntos polêmicos e interessantes para vocês.
Enfim, nos vemos nas próximas publicações.

Nazistas na Amazônia, o que aconteceu ?




  Os gringos querem tomar a Amazônia. Você já deve ter ouvido essa teoria conspiratória, que volta e meia aparece em conversas de bar. O que você provavelmente não sabe é que esse risco já existiu de verdade. Uma superpotência já esteve aqui mapeando o terreno. E não foram os EUA - foi a Alemanha nazista. "A tomada das Guianas é uma questão de primeira importância por razões político-estratégicas e coloniais." Essa frase faz parte de um relatório de 1940 preparado pelo biólogo e geógrafo Otto Schulz-Kamphenkel para a SS - a força de elite do Terceiro Reich. O objetivo da chamada Operação Guiana era colonizar as guianas Francesa, Inglesa e Holandesa. A invasão seria feita pelo norte do Brasil, pois os nazistas já haviam passado por aqui - e gostado do que viram. De 1935 a 1937, Schulz-Kamphenkel liderara uma expedição que começou em Belém do Pará e percorreu as margens do rio Jari, no atual estado do Amapá, até chegar à fronteira da Guiana Francesa.
  Os metais preciosos da região e a forte influência dos ingleses na América do Sul foram os principais incentivadores da Operação Guiana. Em carta endereçada a Hitler, no dia 3 de abril de 1940, o oficial da SS Heinrich Peskoller diz que as reservas de ouro e diamantes locais seriam suficientes para sanar a situação financeira da Alemanha em poucos anos. "Na Guiana Britânica, a extração de ouro e diamante é mantida em baixa para não atrapalhar o mercado sul-africano (dominado também por ingleses). Nas mãos do Führer, cada metro quadrado de solo poderia ser em pouco tempo explorado pela grande Alemanha", escreveu o oficial.
  Peskoller não queria apenas criar uma colônia para alimentar a economia do Terceiro Reich. A região teria importância na construção do Espaço Vital da raça ariana - pois os nazistas acreditavam que seria possível transformar a região em um lugar bom de viver. "O empenho e a técnica alemã poderiam domar as inúmeras cachoeiras na forma de usinas hidrelétricas colossais. Podendo fazer uma rede elétrica em todo o país com bondes, navegação fluvial, produção de madeiras nobres, pontes, aeroportos, escolas e hospitais. A comparação entre o antes e o depois da tomada dos alemães contaria pontos para o Führer", argumentava Peskoller.
  A conquista das Guianas também traria outro grande benefício para os alemães: atrapalhar a Inglaterra. Os ingleses compravam muitas matérias-primas das Américas, e boa parte dos cereais consumidos no território inglês vinha da Argentina. Depois de montar a base na América do Sul e tomar as Guianas, o próximo passo dos nazistas seria mandar submarinos para a região - para que os navios que se dirigiam à Inglaterra fossem abatidos.
   Em 1940, o projeto foi encaminhado a Heinrich Himmler, líder da SS e um dos principais nomes do governo nazista. "O plano parece romântico, mas é factível", defendeu Schulz-Kamphenkel. A operação, de acordo com o pesquisador, deveria ser feita em sigilo. Os alemães atacariam em duas frentes. Uma tropa de 150 soldados navegaria o rio Jari, no Amapá, para chegar a Caiena, capital da Guiana Francesa. Ao mesmo tempo, pequenas embarcações e 2 submarinos atacariam pela costa da Guiana.
  A América do Sul e a Sibéria deslumbravam Schulz-Kamphenkel pelas riquezas naturais. Esses territórios eram considerados áreas ideais para a expansão do Terceiro Reich. Mas a invasão militar na Sibéria estava temporariamente descartada. Os Russos dominavam a região. E, até 22 de junho de 1941, estava em vigor um pacto de não-agressão germano-soviético. Sobrava a América do Sul.
  Na avaliação dos nazistas, os países vizinhos não impediriam a invasão. O Brasil dera apoio irrestrito à primeira viagem de Schulz-Kamphenkel pela Amazônia, em 1935 (quando o pretexto dele era estudar a flora e a fauna locais), e não sabia dos planos de ataque. Uma possível represália dos EUA também era considerada improvável. Em 1940, eles ainda não estavam em guerra contra a Alemanha. Pela lógica da SS, a troca de poder nas colônias seria uma mera substituição de nações europeias na região - e não afetaria a influência dos americanos por aqui.
  O plano também incluía previsões assustadoras para o período do pós-guerra. Após a conquista da Europa, o novo alvo seria o Japão. "Se conseguirmos assegurar (o território das Guianas), teremos uma posição estratégica para enfrentar o Japão", diz o relatório. Era uma questão de defesa. "Há o risco terrível de domínio amarelo no mundo. A raça branca está ameaçada pela raça amarela."
  Antes de a guerra estourar, o jovem Otto Schulz-Kamphenkel já desfrutava de prestígio entre os homens fortes de Hitler. Sua primeira grande expedição foi na África, na atual região da Libéria, onde ele caçou animais - que vendeu para o zoológico de Berlim. Seu grande desejo era conhecer a floresta amazônica. A expedição ao Jari, em 1935, colocou o pesquisador no patamar dos mais prestigiados cientistas alemães da época. O Museu de História Natural de Berlim ainda expõe animais empalhados trazidos por Schulz-Kamphenkel, que também gravou um filme de 90 minutos, tirou 250 fotos e escreveu o livro O Enigma do Inferno Verde, que vendeu 100 mil exemplares na época. "A descrição da paisagem é muito precisa. Ainda hoje é possível se guiar na região com as referências dadas no livro", diz Cristoph Jaster, chefe do Parque Nacional Tumucumaque, no estado do Amapá.
  No livro, saudações a Hitler se misturam com comentários sobre a superioridade da raça ariana. Imagens mostram um hidroavião e alguns barcos carregando bandeiras com suásticas. Os nazistas deixaram uma lembrança que pode ser vista até hoje na margem do rio Jari, a poucos metros da cachoeira de Santo Antônio. É uma cruz de 3 m de altura, decorada com uma suástica, em homenagem a um oficial que morreu durante a expedição.
  Negros e índios eram considerados raças inferiores. Mas Schulz-Kamphenkel exaltava a boa relação construída com as tribos locais aparai, mayna e wajäpi. Os nativos, que despertavam a curiosidade dos alemães (e atraíram muitos espectadores para o filme que mostra a expedição) serviram como guias na desconhecida região da floresta amazônica. Quando surgiu a ideia do Projeto Guiana, Schulz-Kamphenkel dizia que sua boa relação com os locais seria um facilitador para a conquista germânica. "Ele não queria apenas participar da invasão. O bom contato com os índios fez Schulz-Kamphenkel sonhar com o governo da futura Guiana Alemã", afirma o alemão Jens Glüsing, autor do livro Das Guiana-Prokejt. Ein deutsches Abenteuer am Amazonas (Projeto Guiana - Uma Aventura Alemã no Amazonas), ainda sem tradução em português.

  Militares disfarçados 
  O Ministério da Aeronáutica nazista forneceu um hidroavião para ajudar nos estudos na selva. Nas entrelinhas, havia um objetivo militar: testar técnicas de mapeamento aéreo. Esse aprendizado foi usado para fins militares durante a Segunda Guerra. Os ministérios das Relações Exteriores e da Guerra de Brasil e Alemanha cuidaram da burocracia e negociaram a isenção de impostos para armas, munição e mais de 30 toneladas de material para a expedição. O Museu Nacional no Rio de Janeiro, presidido por Paulo de Campos Porto, foi o principal incentivador do projeto pelo lado brasileiro. Esse apoio existiu porque a região era igualmente desconhecida pelo nosso governo, e o museu estava interessado nos resultados científicos obtidos pela expedição. Além disso, as células do Partido Nazista no Brasil tinham forte influência sobre setores do governo de Getúlio Vargas e fizeram lobby a favor da expedição.
  Sim, havia uma presença nazista no Brasil. O presidente brasileiro não escondia seu respeito ao nacional-socialismo de Hitler. Os cientistas alemães eram referência no Brasil, e as políticas antissemitas tinham grande respaldo, principalmente, no Ministério das Relações Exteriores. O integralismo, movimento brasileiro identificado com o fascismo e um dos principais partidos da base aliada do governo antes do golpe do Estado Novo, dividia a sede no Rio de Janeiro com os representantes cariocas do nacional-socialismo. "O nazismo tinha uma legenda organizada no Brasil. Membros do partido andavam com carteiras de identificação, jornais nazistas circulavam sem restrições e materiais racistas eram veiculados em escolas. Vargas tinha uma clara identificação ideológica, principalmente, com as noções de uma nação forte e uma raça pura", diz Maria Luiza Tucci Carneiro, coordenadora do Laboratório de Estudos sobre Etnicidade, Racismo e Discriminação do Departamento de História da USP.

  Nazismo verde e amarelo
  Não eram só os partidos fascistas que se deslumbravam com a aventura de Schulz-Kamphenkel. A opinião pública também apoiou a expedição nazista. O jornal carioca Gazeta de Noticias publicou no dia 9 de agosto de 1935 uma matéria com o título: "Nas vésperas da sua sensacional expedição ao Jari". A entrevista com o geógrafo alemão exaltava "uma viagem que mereceu os mais francos aplausos". O cientista era caracterizado como "uma expressão brilhante da moderna geração que ora está surgindo cheia de vida e coragem, disposta a derrubar os obstáculos que entravam a marcha da civilização".
  Em outra entrevista para o Jornal do Norte, publicada no dia 24 de agosto de 1935, o piloto alemão Gerd Kahle agradeceu: "Não se esqueça de dizer pelo jornal que estamos muito sensibilizados pelas atenções das autoridades paraenses. Aos senhores Andrade de Ramos & Cia., proprietários de imensa extensão de terras no Jari, também estamos cativos pelas facilidades que nos têm assegurado a boa consecução do nosso empreendimento."
  Mas a segunda expedição, em que os alemães viriam secretamente para invadir as guianas, acabou não saindo do papel. Ela não se concretizou por uma decisão pessoal de Himmler, o líder da SS, que esfriou os planos. Na estratégia dele, a guerra havia ganhado outras dimensões - e seria mais inteligente centrar fogo na Europa. Em 10 de maio de 1940, a Alemanha lançou uma grande ofensiva contra a Europa Ocidental. Em dias, a Holanda foi conquistada e, em pouco mais de um mês, Hitler realizou seu desfile histórico pela avenida Champs-Élysées, em Paris. "As invasões da Holanda e da França representaram a anexação automática de suas colônias ao governo nazista. Não havia mais a necessidade de invadir as Guianas", explica Jens Glüsing.
  Com o decorrer da guerra, os habitantes da Guiana Francesa começaram a se revoltar contra as forças de Vichy (governo pró-nazista implantado na França durante a Segunda Guerra). A capital, Caiena, ganhou o clima de terra sem lei e virou palco da ação de espiões e fugitivos. Em 1943, com a ajuda dos EUA, o governo pró-nazista foi expulso da Guiana Francesa. Mas a população local era contra uma ocupação americana. E os franceses não tinham mais autoridade. O país estava sem comando - e o governo brasileiro começa a cogitar a anexação da Guiana Francesa ao Brasil. Livros de propaganda política, como Brasil, o País do Futuro, do austríaco Stefan Zweig, chegaram a ser distribuídos em Caiena. Mas Getúlio Vargas acabou desistindo do plano, pois temia criar atrito com os EUA.
  Após voltar da Amazônia, Schulz-Kamphenkel se filiou à SS e chegou ao posto de tenente. Com outros cientistas, formou uma tropa de elite de pesquisadores a favor do nazismo. Depois, se envolveu na operação secreta Comando Especial Doca, que levou mais de 50 pesquisadores nazistas para estudar o Deserto do Saara e imaginar possíveis rotas que os ingleses e os franceses poderiam tomar até a Itália. Schulz também perambulou por Grécia, Iugoslávia, Finlândia, Polônia e Ucrânia.
  Em 1945, ele foi preso na Áustria pelos americanos e enviado para um campo de prisioneiros de guerra. O FBI o interrogou em maio de 1946. No dossiê sobre o geógrafo, um oficial recomendou ao governo americano que adotasse as técnicas de mapeamento aéreo desenvolvidas por Schulz-Kamphenkel, mas isso não chegou a ser concretizado. No mesmo ano, ele foi solto e voltou para sua cidade natal, Hamburgo, onde abriu o Institut für Welkunde in Bildung und Forschung (Instituto de Formação e Pesquisa de Ciência do Mundo). Em funcionamento até hoje, a instituição fundada pelo ex-tenente da SS fornece filmes didáticos e material de ensino de geografia para escolas alemãs.
  Depois de ser alvo de Hitler, a região do rio Jari e a fronteira com a Guiana Francesa se transformou em palco de extração de ouro, com a ação predatória de garimpeiros e exploração mineral desenfreada na década de 1980. Hoje, faz parte de uma área de proteção ambiental - mas, como toda a Amazônia, sofre com os efeitos do desmatamento, que cresceu 60% no segundo semestre de 2011. Hoje a grande ameaça à região é outra: a destruição ecológica.

(Superinteressante)

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Segundo Niemeyer, Brasilia deveria ter forma de "Camburão" ou Pinico" !


  Olá amigos !
 A frase atribuída ao arquiteto gerou polêmica na web, mas será que ele disse isso mesmo?
 Em agosto de 2011, um texto começou a circular pela web! Segundo o artigo, o arquiteto Oscar Niemeyer teria afirmado: Projetou Brasília em forma de avião, mas por sua vontade teria desenhado em forma de camburão.
  Segundo o Wikipédia , “Oscar Ribeiro de Almeida de Niemeyer Soares Filho nasceu no Rio de Janeiro no dia 15 de dezembro de 1907. Esse arquiteto brasileiro é considerado um dos nomes mais influentes na Arquitetura Moderna internacional. Foi pioneiro na exploração das possibilidades construtivas e plásticas do concreto armado.”.
  Com seus 103 anos de idade, Niemeyer ainda conserva a lucidez e, a despeito da sua idade avançada, ainda trabalha diariamente e, com certeza, deve soltar suas frases de impacto sempre que pode.
  Os mais jovens tem o dever de ouvir o que ele tem a dizer.
  Acontece que essa frase infeliz que vários sites e blogs afirmam ser do mais velho arquiteto vivo do mundo nunca foi dita por ele!
  Em primeiro lugar, não se escreve “pinico”. A grafia correta é “penico”. Acreditamos que uma pessoa culta como o nosso arquiteto não tenha escrito (ou dito) “pinico”.
  Ao buscar na web, só encontramos a tal frase em sites e blogs que apenas reproduziram o texto falso.
  Não há nenhuma pista que indique em que ocasião ou para qual veículo de comunicação Oscar Niemeyer tenha dado tal entrevista.
  Boatos da web – ou hoaxes – são assim mesmo: Usam nomes de pessoas famosas para dar mais crédito aos textos.

  Conclusão:
  História falsa! Alguém que está descontente com o rumo que a política está tomando resolveu inventar essa história e para que mais pessoas acreditem (e/ou compartilhem) com suas idéias.

(E-farsa)

quarta-feira, 2 de maio de 2012

O Homem mais rico da Babilônia


Sistema de cotas nas universidades, incentivo ou discriminação ?



   Olá amigos !
  As diferenças sociais e raciais no Brasil existem há aproximadamente 500 anos, desde esse período os líderes brasileiros trataram e tratam desse assunto com descaso. Para piorar a situação os investimentos feitos na área da educação são precários, ignorando o principal objetivo dessa que tem por finalidade preparar o estudante para se tornar uma pessoa capacitada a vencer todo e qualquer desafio.
  Os alunos de escolas públicas geralmente não recebem a preparação adequada e por isso não conseguem ingressar nas universidades, já o negro sofre discriminação racial. Dados estatísticos revelam que apesar da raça negra representar 45% da população brasileira, apenas 2% são universitários. Para melhorar esses dados, o governo deveria adotar medidas que promovam a melhoria do ensino fundamental e médio, dando condições para que o aluno carente, negro ou indígena concorra em pé de igualdade com alunos da rede particular de ensino e estudantes brancos e pardos.
  Porém, para conseguir um resultado que podemos chamar de “imediato” e ter uma imagem positiva, o governo criou o projeto de cotas para o ensino superior. Ao invés do estudante negro, carente ou indígena concorrer pelo sistema universal de vagas, ele concorre pelo sistema de cotas, ou seja, ele concorre à quantidade “x” de vagas reservadas ao seu grupo. Por exemplo, um vestibulando negro optante pelo sistema de cotas concorre unicamente com negros que também optaram pelo sistema.
  Muitas universidades já adotaram o sistema de cotas, sendo a Universidade de Brasília a primeira, em junho de 2004. Essa medida para muitos é uma forma de discriminação para com os estudantes negros, carentes, indígenas, brancos e pardos, pois segundo o artigo 5º da Constituição Federal Brasileira; “Todos somos iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à segurança e à propriedade”. A discussão acerca desse tema vai durar um bom tempo, até que se estabeleça a concordância de todos. 
  E você o que pensa sobre isto ? Comente a sua opinião !
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