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sexta-feira, 20 de julho de 2012

Qualquer pessoa está apta a ser um político?


  
  Quando contratamos algum serviço ou concedemos algo em nosso nome, esperamos, no mínimo, que os responsáveis executem-no com melhor qualidade do que nós. Entretanto, na política, estamos sob o espectro de pessoas desqualificadas para o seu ofício. Desta maneira, com certeza faríamos bem melhor se estivéssemos no poder.
  Nossos representantes no legislativo que deveriam levar nossas vozes às assembleias e tomar decisões que atendessem às nossas necessidades não o fazem, o que gera profunda decepção. Não só pelos surtos de corrupção e deficiência de caráter, mas pela incompetência administrativa deles. Basta ver os candidatos: palhaços, mulheres frutas, ex-BBBs, ‘’artistas’’ de todas as espécies e alguns tipos que não encontro sequer definição.
   Sem formação alguma, os pré-requisitos são pífios. Saber ler e escrever capengamente -levando em conta que um diplomata precisa se comunicar com eficiência, necessitando, sobretudo, de conhecimentos amplos sobre os meandros da vida pública- tão somente não dá aptidão a quase ninguém nas atuais conjunturas sociais quiçá para um profissional que decidirá o futuro de um povo através do qual ele foi eleito.
   Seguindo a lógica de que nós só transferimos alguma responsabilidade quando não somos hábeis para assumi-la assim como sabemos que os atuais representantes políticos, além de desonestos, são incapazes de efetuar atitudes coerentes, nos deparamos com uma situação senão paradoxal, tosca. É imprescindível, portanto, que estabeleçamos etapas que filtrem, de modo a garantir a qualidade dos serviços a serem prestados, aqueles que entrarão para a vida política.
   Nessa linha, existem crivos como o ficha limpa com intuito de assegurar, pelo menos, que os estadistas estejam de acordo com as leis de nosso país (coisa que um vendedor de calçados, por exemplo, precisa ser). Contudo, para extrapolar o óbvio, precisamos ter a convicção de que o mandato dado ao representante será cumprido com as devidas virtudes. Seria interessante uma seleção rigorosa que comprovasse a formação do candidato, nos próprios partidos, a fim de evitar a eleição de asnos. Que tal ter um critério que exija, pelo menos, um Ensino Médio? Talvez, Nível Superior?
   Esta discussão de impor limites aos que se propõem a seguir carreira pública não é recente. Existe um contraponto que diz, primeiramente, que formação acadêmica não garante a formação adequada do candidato. Segundo, que tal atitude é elitista por não abrir espaços para participações populares, ou seja, um cidadão de baixa escolaridade que representa uma parcela do povo não poderia interagir com a política. Correto, mas legislar não é para qualquer um, trata-se de um fato e não de uma opinião.
  Provavelmente, determinar a capacidade dos representantes pela sua nivelação acadêmica não será fidedigna com a realidade; entretanto, saber ler e escrever somente é um critério ridículo. A proposta consiste em exames e processos seletivos que apontem se o candidato tem ou não condição de exercer algum cargo no legislativo. É bom enfatizar: existem autodidatas que sabem infinitamente mais que doutores, logo, não confundam a ideia de filtrar os candidatos com elitizar a política brasileira. Não necessariamente, por exemplo, a sabedoria popular é ruim, aliás, são conhecimentos perfeitamente úteis.
  Para não cairmos na sandice de sermos representados por pessoas menos competentes do que nós, precisamos esterilizar quem serão os candidatos a fim de fazer uma seleção prévia de modo a aumentar o nível da eleição final através de testes que comprovem a capacidade intelectual de nossos futuros legisladores.


Fonte e indicação: http://projetoapenasescrever.blogspot.com.br/2012/07/qualquer-pessoa-esta-apta-ser-um.html?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed:+blogspot/mEqYt+(Apenas+Escrever.)

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