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terça-feira, 24 de julho de 2012

'The ECONOMIST' SOBRE O LEGISLATIVO BRASILEIRO




 Por Andre Araujo

 OS ASCENSORISTAS DO PARAISO - A revista "The Economist" desta semana entrante tem matéria especial sobre o Brasil, tratando dos estupendos salários da comilança nos Legislativos brasileiros, descobertos por causa da nova Lei de Acesso à Informação promulgada pela Presidente Dilma Rousseff.
 Tem especial destaque sobre a Camara de Vereadores de São Paulo, que tem 2.000 funcionarios, onde garagistas e enfermeiras ganham dez mil dolares por mês; fala dos salários do Senador José Sarney, 30 mil dolares por mês e de ascensoristas do Senado, 17 mil Reais por mês.
 Faz a habitual ironia britânica sobre a queixa que os funcionarios que têm seu salario revelado fazem sobre o risco de serem alvos de ladrões e sequestradores, ao que a revista comenta mas "eles é que estão roubando os contribuintes brasileiros".
  A revista é otimista quanto a Lei de Acesso à Informação porque acha que, vendo quanto ganham esses felizardos, a sociedade brasileira vai fazer pressão para que esses abusos acabem.
 Os experientes britânicos estão muito enganados. Os abusos vão é aumentar porque os ascensoristas do Senado vão ver que os do Supremo ganham mais que eles e pedirão aumento.
  Faltou a revista dizer que o Supremo Tribunal Federal tem 225 recepcionistas, mas disse que o Congresso brasileiro custa 6 bilhões de Reais por ano, um recorde mundial que não tem desafiantes.
  "The Economist" fez uma matéria incompleta. Faltou pesquisar salários de alguns professores da Universidade Federal do Ceará, mais de 20 mil dolares por mês, acima de Oxford ou Cambridge ou de desembargadores de Tribunais do Norte e Nordeste, que deixariam a Camara dos Lordes corada de humilhação pela miserabilidade dos estipêndios da alta nobreza britânica.
  A folha de salários do funcionalismo custa 14% do PIB e o percentual sobe todo ano, o serviço público é precário, mas poucos no Brasil acham que isso é problema, temos tradição de comilanças e desperdicios, vem de 1806 quando a Corte portuguesa migrou para o Rio de Janeiro e trouxe-nos o DNA do desperdicio, da lassidão, da inconsequência e da imcompetência, isso nos faz ser um povo alegre, quem sabe não estamos no caminho certo?

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