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sábado, 21 de julho de 2012

Teoria das Máscaras !



    Cada ser é único, no espaço que compreende a ele e seu universo interior. Cada ser tem sua visão particular da realidade que o cerca e todos vêem as leis que regem esse universo de um modo diferente um dos outros. De fato, a expressão “de perto ninguém é normal” exprime essa idéia com esmerada precisão. Porém, aprendemos desde cedo um conjunto de regras que devem ser seguidas e nunca contestadas, caso contrario, acarretariam em uma serie de desagradáveis consequências por parte daqueles que nos cercam, como por exemplo a exclusão social. Essas regras fazem com que ajamos do "modo que deve ser", e não do modo que achamos ser o certo.
  Assim, a liberdade de pensamento do ser vivente vai ficando comprometida com o tempo, pois a dita “realidade” modela sua mente, construindo uma imagem aparentemente perfeita que deve ser tomada como referencial: o homem culto, dinâmico, trabalhador, urbano, centrado no sucesso da vida profissional, mas que nunca parou um minuto para perguntar a si mesmo se aquilo lhe faz feliz. A dita realidade, bombardeando seus pensamentos com megatons de propagandas, sermões, e a pressão de cada dia, acaba por oprimir o ser verdadeiro que vive no seu inconsciente.
  O que a psiquiatria poderia chamar de “Ide”, ou a parte da psique humana que age de modo instintivo, eu chamaria de “ser verdadeiro”, pois dizer que ela age de modo apenas instintivo seria presunçoso demais, quando na verdade ela apenas age segundo suas próprias regras, não se importando se são condizentes com o universo exterior ou não.
  O que seriam então as mascaras a que me refiro? Bom, mascaras nada mais seriam do que o traje que vestimos a cada momento para sermos aceitos no mundo. Analisando o lado comportamental, iriam desde os bons modos à mesa, as etiquetas, as posturas, a norma culta ao falar, a imponência ao andar e ao sentar e toda a “burocracia” necessária para que ganhemos o status de “pessoa civilizada”. Do lado psicológico, a máscara expressaria uma das mais incríveis características humanas: a hipocrisia.
  Este desvio inerente à personalidade humana se resume na capacidade que o ser tem de pensar de um modo e se expressar de outro completamente diferente, ser hipócrita, portanto, é indispensável para ser aceito na sociedade, pois assim suprime-se o que realmente se pensa e finge-se ver as coisas por outro referencial, que seria único e imutável como as regas da sociedade, quando na verdade há infinitos modos de se analisar determinada idéia ou fato.
   A mascara que muitas vezes somos obrigaods a usar esconde quem realmente somos e mostra para a sociedade apenas o que ela deseja ver.

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