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quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

"Biopirataria", já ouviu falar ?

  Encontrei esta notícia no blogue Sustentabilidade É Acção .
  A contaminação de culturas locais de alimentos com variedades transgénicas, assim como o registo de patentes de variedades de seres vivos que ocorrem naturalmente são autênticas ações de BIOPIRATARIA.



  Esta biopirataria é gravíssima, pois é a tentativa que algumas mega-corporações estão a fazer para controlar a alimentação no mundo, que nos afetará a todos, mas que passa despercebida à maior parte da população.
  No entanto, parece que em algumas partes do mundo, como na Índia, se está a acordar para o tema, conforme a notícia da revista Nature Biotechnology de 09/01/2012:
  «Monsanto enfrenta acusação de biopirataria na Índia
por Lucas Laursen

   Uma agência governamental indiana concordou em processar os responsáveis pelo desenvolvimento de beringela geneticamente modificada (GM) por violar a Lei da Diversidade Biológica de 2002
   A Autoridade Nacional da Biodiversidade da Índia (NBA) alega que os responsáveis pelo desenvolvimento das primeiras culturas de alimentos GM da Índia - a Mahyco em parceria com a gigante das sementes Monsanto e várias universidades locais - utilizaram variedades locais para desenvolver plantas transgénicas sem licenças para ensaios de campo. Ao mesmo tempo, ativistas na Europa argumentam que as patentes sobre plantas criadas convencionalmente, incluindo uma variedade de melão encontrada na Índia, dados como “propriedade” de empresas de biotecnologia violam os direitos dos agricultores de usar variedades que ocorrem naturalmente.
  Embora a minha irmã, Manuela lhe chame Biopirataria, eu chamo-lhe aquilo que na realidade é: BIOTERRORISMO.

  No blogue Gilson Sampaio encontro também esta notícia;
  Monsanto contrata serviços clandestinos de espionagem do maior exército mercenário:
  Uma reportagem de Jeremy Scahill publicada em The Nation (Blackwater`s Black Ops, 15/09/2010) revelou que o maior exército mercenário do mundo, Blackwater (agora denominado Xe Services) vendeu serviços clandestinos de espionagem à multinacional Monsanto. A Blackwater mudou de nome em 2009, depois de tornar-se famosa em todo o mundo pelas denúncias sobre seus abusos no Iraque, incluindo os massacres de civis. Continua sendo o maior contratante privado do Departamento de Estado dos Estados Unidos em “serviços de segurança”, ou seja, para praticar o terrorismo de estado dando ao governo a possibilidade de negar sua autoria.(...)
  Não é de assombrar que uma empresa de “ciências da morte” como a Monsanto, que desde suas origens tem se dedicado a produzir materiais tóxicos e a espalhar venenos, desde o Agente Laranja até os PCB (Policlorobifenilos), agrotóxicos, hormônios e sementes transgênicas se associe a outra empresa de bandidos.
  (...)Ainda que Bill Gates tente dizer que a Fundação não está ligada à suas atividades comerciais, tudo o que essa faz demonstra o contrário: grande parte de suas doações termina favorecendo os investimentos comerciais do magnata, além do que ele, na realidade, não doa nada: mas sim, em vez de pagar impostos às arcas públicas, investe seus lucros onde estes o favoreçam economicamente, inclusive em propaganda de suas supostas boas intenções. Ao contrário, seus projetos financiam projetos tão destrutivos como a geoengenharia ou a substituição das medicinas naturais e comunitárias por medicamentos patenteados de alta tecnologia nas áreas mais pobres do planeta. Que coincidência, o ex-secretário de saúde do México, Julio
Frenk e Ernesto Zedillo (ex-presidente mexicano) são conselheiros da Fundação.
  Da mesma forma que a Monsanto, Gates se dedica também a tratar de destruir a agricultura campesina em todo o planeta, principalmente através da chamada “Aliança para uma Revolução Verde na África (AGRA). Esta funciona como cavalo de Tróia para despojar os agricultores africanos pobres de suas sementes tradicionais, substituindo-as primeiro pelas sementes das empresas e finalmente pelas transgênicas. Para isso a Fundação contratou, em 2006, justamente Robert Horsch, um diretor da Monsanto. Agora, Gates, farejando novos lucros, foi diretamente à fonte.
  Blackwater, Monsanto e Gates são três caras da mesma figura: a máquina de guerra contra o planeta e a maioria das pessoas que o habitam, sejam campesinos, indígenas, comunidades locais, gente que quer compartilhar informação e conhecimentos ou qualquer outra coisa, que não queira estar na lógica do lucro e destruição do capitalismo.
   Sinto-me no dever de acrescentar esta notícia que li no Ondas3


  A BASF anunciou a concentração dos seus projetos de biotecnologia nos principais mercados da América em prejuízo do mercado europeu ainda muito crítico em relação a transgénicos. A BASF deve pensar que será muito mais fácil utilizar cavalos de Troia para fazer introduzir transgénicos na Europa a preços mais baixos e sem contaminar os seus solos.
  Estão a desenvolver a escravatura humana através da alimentação e como uma desgraça nunca vem só, o Genocídio pela Fome
(Guerra Silenciosa)

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