O Brasil é uma nação livre, isto é, temos o direito de ir e vir, somos livres para escolher nossa religião, profissão e executar ou não tarefas cotidianas, estes são direitos outorgados na Constituição dos Direitos Humanos.
Quando uma pessoa independente de seu poder, posição social ou qualquer outra influência, age de má conduta com alguém ou com a sociedade, ele tem seu direito de liberdade anulado, sendo retido em cadeia, pelo espaço de tempo que o juiz determinar, sempre conforme seu delito.
No 5° artigo desta mesma declaração diz que todos os homens e mulheres são iguais perante a lei, mas e na prática o judiciário falha fazendo sim a distinção entre classes, como é o caso no seguinte exemplo:
Maria Aparecida saiu há 4 anos do "Cadeião de Pinheiros", onde cumpriu pena após tentar roubar um xampu e um condicionador num supermercado. No presídio, a ex-empregada doméstica, portadora de retardo mental moderado, pagou pelo seu "crime": foi torturada física e emocionalmente, ficando cega de um olho.
Paralelamente a esse fato, a empresária Eliana Tranchesi - proprietária da butique de luxo Daslu - foi condenada em primeira instância a uma pena de 94 anos de prisão pela sonegação de quase 1 bilhão de reais em impostos, além de falsidade ideológica. Incrivelmente, após 24 horas de detenção, foi concedido-lhe um habeas corpus assegurando o direito de responder ao processo em liberdade.
Este é um claro exemplo do modo como um país com tanto potencial falha num dos setores mais importantes que é a justiça. Justamente o setor que nos proporcionaria uma sociedade ética e de valor.
Enquanto a impunidade para o rico continuar, vão continuar os rachas, a prostituição e o tráfico, onde os principais contribuintes são sem dúvida membros da classe média e alta.
Continua...
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