Basicamente, o país precisou se tornar uma potência econômica e militar. Foi um longo processo que se estendeu por pelo menos 300 anos. Primeiro, os caras "arrumaram a casa", resolvendo conflitos internos políticos e econômicos, unificando a sociedade americana e expandindo seu território. Ao mesmo tempo, diversos setores da sociedade engajaram-se para tornar o país um ambiente favorável ao capitalismo. A receita básica era incentivar a iniciativa privada (ajudando empresários que queriam abrir o próprio negócio, por exemplo) e garantir que o governo se metesse pouco na economia (o mercado, pela lei da oferta e da procura, regularia o sobe-e-desce econômico). Uma terceira mudança rolou no campo dos costumes: para "dominar" o mundo, a sociedade americana precisou superar seu histórico isolacionismo - a tendência de não se envolver em conflitos armados internacionais. Lá pelo final do século 19, o tripé do crescimento ianque estava armado. A expansão econômica exigia a busca de novos mercados, o que levou os Estados Unidos a guerrear com a Espanha, em 1898, o primeiro de muitos conflitos internacionais do Tio Sam. "Guerra e crescimento econômico são quase que indissociáveis na aventura imperialista dos Estados Unidos", afirma José Otávio Nogueira Guimarães, historiador da Universidade de Brasília. Como você confere na linha do tempo ao lado, a fórmula "sangue + dinheiro" se repetiu muitas vezes, tornando-se decisiva para consolidar e manter os americanos no topo do mundo.
(por Roberto Navarro)
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