A marca simbólica de R$ 1,5 trilhão arrecadados em tributos foi atingida pelo país ontem, por volta das 20h. O levantamento é do site Impostômetro, considerando tributos federais, estaduais e municipais. É a primeira vez que o Brasil registra esse volume de arrecadação. Somente em dezembro, o poder público abocanhou R$ 125,77 bilhões; em torno de R$ 4,3 bilhões somente ontem. O dado não é oficial, mas uma projeção técnica feita pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e Federação das Associações Comerciais de São Paulo, Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) e o movimento da sociedade Hora de Agir. Segundo a ACSP, a marca de R$ 1,51 trilhão representa um aumento na arrecadação de 17,1%, em termos nominais, e de 11%, em termos reais em relação a 2010 (R$ 1,29 trilhão). “Esse recorde de arrecadação deveria ser acompanhado de mais investimentos públicos na infraestrutura para reduzir o Custo Brasil e, assim, ajudar no desenvolvimento econômico e social do País”, afirmou o presidente da ACSP (Associação Comercial de São Paulo) e da Facesp (Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo, Rogério Amato. De acordo com o presidente do Instituto de Auditores Fiscais da Bahia (IAF), Helcônio Almeida, o resultado histórico decorre principalmente dos aumentos de tributos da União. “Em 2011, os tributos federais foram os que mais aumentaram. As contribuições aumentaram muito: PIS, Cofins, contribuição previdenciária. O IPI (Imposto sobre Produtos Industriais) também foi elevado, embora (em) alguns (casos) tenham diminuído. O Imposto de Importação aumentou”, lembrou o auditor. Na Bahia, o crescimento da arrecadação foi tímido. O estado foi o último em elevação da receita com ICMS, só ficando à frente do Distrito Federal.
(Adriano Villela).
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