
Além disso, havia setores do governo brasileiro que simpatizavam com os nazi-fascistas, e as atitudes do próprio presidente Getúlio Vargas chegaram a alimentar rumores de que o Brasil poderia aderir ao Eixo, a aliança que reunia Alemanha, Itália e Japão. "Do outro lado, os Estados Unidos acenavam com ampla cooperação financeira e militar caso o Brasil se afastasse do bloco inimigo", afirma Ricardo. O momento era oportuno para o Brasil tentar tirar proveito dos dois lados. Nessa negociação, quem pôs mais vantagens na mesa foram os americanos, que ofereceram colaboração econômica, ajuda para reequipar as Forças
Armadas e apoio financeiro para a construção da Companhia Siderúrgica Nacional, em Volta Redonda (RJ), que impulsionou a modernização do parque industrial.
Paralelamente, a diplomacia americana pressionava o Brasil para conseguir borracha, minérios e outros materiais estratégicos no esforço de guerra, além de ter autorização para instalar bases militares no Nordeste, região-chave para o controle do Atlântico Sul. Como nosso país tornou-se o maior aliado de Washington na América do Sul, os navios brasileiros viraram alvos do Eixo. Em 1942, os torpedos dos submarinos alemães atingiram também a estabilidade do governo Vargas, que, diante da pressão pública, acabou declarando guerra em 22 de agosto.
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